A ONU reclamou hoje aos Estados membros a adoção de medidas imediatas para acabar com as violações dos direitos humanos à água e ao saneamento de todas as pessoas.
A demanda foi exposta pelas relatoras especiais das Nações Unidas sobre água e saneamento, extrema pobreza e moradias, Catarina de Albuquerque, Magdalena Sepúlveda e Raquel Rolnik, com motivo do Dia Mundial da Água (22 de março).
Em uma declaração conjunta, as especialistas alertaram sobre o aumento do número de pessoas que vivem em cidades e não têm acesso à água nem a serviços sanitários seguros, que quase sempre são as mais marginalizadas, excluídas e discriminadas.
Afirmaram que esse fenômeno "não é simplesmente um lamentável subproduto da pobreza, mas o resultado de decisões políticas que os excluem e deslegitimam sua existência, o que perpetua sua pobreza".
Também denunciaram que em ocasiões os bairros pobres são considerados ilegais e as autoridades proíbem ou se negam a ampliar esses serviços a seus habitantes.
"A água e o saneamento são direitos humanos que devem ser garantidos a toda pessoa sem descriminação", destacaram as relatoras.
Nesse sentido, reclamaram aos governos que garantam que os habitantes sem lar tenham acesso a esses serviços, incluídos a água e o sabão para a higiene básica, além de assistir na busca de uma moradia segura.
O direito humano à água e o saneamento exige que esses serviços essenciais estejam disponíveis, acessíveis, aceitáveis e seguros para todos, concluíram as relatoras da ONU