Ministério da Saúde Fortalecerá Assistência Farmacêutica com Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS)
18/06/2012
O Ministério da Saúde acaba de lançar o Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS), que fortalecerá o uso racional e a qualidade do acesso a medicamentos no Brasil. Para dar início às ações, o ministério investirá R$ 17 milhões na aquisição de mobiliários e equipamentos necessários para estruturação e manutenção dos serviços das Centrais de Abastecimento Farmacêutico e Farmácias no âmbito da Atenção Básica. Os recursos contemplarão 453 municípios com população em extrema pobreza com até 100 mil habitantes, prioritários no Plano Brasil Sem Miséria.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, o programa inaugura uma nova fase na assistência farmacêutica no país. “Fortalecer os serviços farmacêuticos no Sistema Único de Saúde impactará diretamente na melhoria da qualidade da saúde da população brasileira”, afirma. Segundo o secretário, o programa reforça o compromisso do ministério de qualificar o setor. “A população notará que os serviços farmacêuticos nesses municípios estarão mais estruturados, melhorando o acesso e diminuindo os riscos relacionados ao uso de medicamentos”, explica o secretário. As inscrições para os municípios elegíveis se cadastrarem no Qualifar-SUS estarão abertas até 13 de julho. Aqueles que fazem parte de outros programas da Atenção Básica, como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS) e o Sistema Hórus, terão prioridade na seleção de municípios a serem contemplados.
A expectativa do Ministério da Saúde para os próximos anos é ampliar a medida para atingir a totalidade dos municípios listados do Plano Brasil Sem Miséria, além de apoiar os serviços farmacêuticos nas gestões estaduais. A proposta do Qualifar-SUS é contribuir para o aprimoramento, implementação e integração das atividades da assistência farmacêutica nas ações e serviços de saúde, visando uma atenção contínua, integral, segura, responsável e humanizada.
Para que a proposta seja eficaz, o programa será executado em quatro eixos - cuidado, educação, estrutura e informação -, incluindo ações que visem o aprimoramento dos processos e práticas de trabalho adotadas pelas gestões locais na assistência farmacêutica.
Fonte: Portal Racine
Brasil Reduz Taxa de Mortalidade Infantil em 47%
02/05/2012
Os dados do Censo 2010, divulgados neste dia 27/04 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacam que a mortalidade infantil no Brasil reduziu praticamente pela metade (47%) na última década. Em 2000, a taxa era de 29,7%, ou seja, de cada mil crianças nascidas vivas, apenas 29,7 completavam o primeiro ano de vida. Em 2010, o índice reduziu para 15,6%.
Os dados divulgados hoje estavam dentro das expectativas do Ministério da Saúde e revelam que o Brasil já alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordo internacional que prevê uma taxa de mortalidade infantil de 15,7% no país, para 2015, além de reforçar a política social que vem sendo conduzida pelo governo.
O Ministério da Saúde tem investido fortemente em políticas públicas voltadas para a família, a gestante e a criança. A Rede Cegonha, conjunto de medidas que garantem assistência integral às grávidas e ao bebê, criou, em 2011, 348 leitos neonatais e requalificou mais 86.
A rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável qualificam profissionais da Atenção Básica para acompanhar e fortalecer ações de promoção, proteção e apoio do aleitamento materno e da alimentação complementar.
A região Nordeste, que historicamente concentra os maiores índices, desta vez apresentou a maior redução, de 59%. Em 2000, 44,7 crianças - a cada mil nascidas vivas - morriam antes de um ano. Atualmente, a taxa é de 18.5%.
“Esta significativa redução faz parte da expansão da Atenção Básica no país e reflete ainda o compromisso do Ministério da Saúde para acelerar a redução das desigualdades na região Nordeste e na Amazônia Legal dentro do Pacto Pela Redução da Mortalidade Infantil, da ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e de ações já preconizadas para a melhoria da atenção integral a saúde das crianças”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A pesquisa do IBGE também traz dados sobre a fecundidade das brasileiras. As famílias estão cada vez menores e as mulheres estão adiando a maternidade. Uma boa notícia é a redução da taxa de adolescentes gestantes. O percentual de mulheres entre 15 e 19 anos que se tornaram mães passou de 18,8% a 17,7%.
Criada em 2007, a Política Nacional de Planejamento Familiar prevê a oferta de métodos contraceptivos gratuitamente e a venda de anticoncepcionais na rede Farmácia Popular, com redução de preços em até 90%, além da ampliação do acesso a vasectomias e laqueaduras. “Para muitas mulheres, tornar-se mãe é um sonho. É importante que toda brasileira possa escolher o momento para torná-lo realidade”, conclui Padilha.
Fonte: Portal Racine
Novo diagnóstico precoce é desenvolvido para prevenir Alzheimer
25/05/2012
BERLIM - Uma equipe de cientistas alemães da Universidade de Leipzig desenvolveu um novo método de diagnóstico do mal de Alzheimer que permite identificar a doença anos antes de o paciente apresentar os primeiros sintomas. O procedimento foi apresentado no 50º Congresso da Sociedade Alemã de Medicina Nuclear, realizado na cidade de Bremen, no norte do país, por um grupo de cientistas dirigidos pelo especialista Osama Sabri.
Os pesquisadores desenvolveram duas substâncias que permitem reconhecer alterações do tecido cerebral no qual são depositadas determinadas proteínas muito antes de o paciente apresentar os primeiros sintomas de perda de memória. Os depósitos de proteínas, as chamadas placas beta-amiloides, se produzem no cérebro pelo menos dez anos antes do surgimento dos primeiros sintomas da doença, assinalou a equipe da Universidade de Leipzig, no leste da Alemanha.
Um novo produto farmacêutico de baixa radiação permite reconhecer essas placas com uma tomografia especial de emissões de positrons, segundo o estudo de Sabri, que espera lançar sua criação ao mercado ainda neste ano.
Diretor da Clínica e Policlínica de Medicina Nuclear da Universidade de Leipzig, Sabri sublinhou que o novo método representa "uma significativa melhoria do diagnóstico" do mal de Alzheimer.
O procedimento permite não só reconhecer de maneira muito precoce a doença, mas também diferenciá-la de outras formas de demência, assim como controlar o desenvolvimento do mal de Alzheimer em pacientes e comprovar se o tratamento consegue frear a degeneração cerebral.
O especialista de Leipzig assinalou em Bremen que sua equipe realiza atualmente um estudo com uma segunda substância em 20 pacientes que sofrem o mal de Alzheimer em sua fase inicial para reconhecer alterações de determinados receptores no cérebro provocadas pela mesma proteína. "Os novos procedimentos melhoram o atendimento ao paciente", assinalou Sabri, que reconheceu, no entanto, que segue sem existir um tratamento adequado para fazer frente ao mal de Alzheimer.
Os organizadores do congresso sublinharam que o novo método de diagnóstico é importante do ponto de vista científico, mas fornece pouco ao paciente, uma vez que não existe um tratamento efetivo para lutar contra a doença. Eles também apontaram que, embora permita reconhecer as citadas proteínas, não serve para saber se a doença se desenvolverá posteriormente, nem a que idade isso aconteceria.
Fonte: Estadão.com.br
Anvisa disponibiliza novas bulas no Bulário Eletrônico
19/04/2012A partir desta quarta-feira (18/4), o Bulário Eletrônico da Anvisa contará com mais 135 bulas de medicamentos. Já seguindo as novas regras contidas na RDC 47/09, asbulas têm letras maiores, texto mais simples para o paciente e conteúdo revisado.
Para dar mais celeridade ao processo de análise de bulas adequadas às novas regras (RDC 47/09) e aumentar o número de bulas publicadas no Bulário, a Anvisa estuda estabelecer parceria com Universidades Federais do Brasil. Nesta quarta e quinta-feira (18 e 19/4), a Equipe do Projeto Bulas e Rótulos da Gerência Geral de Medicamentos está reunida com professores de faculdades de farmácia e de outras áreas da saúde para a construção do método de trabalho.
O Bulário também está disponível em nova versão, concebida para facilitar a pesquisa. Ao digitar as primeiras três letras do nome do medicamento ou do nome do principio ativo, aparecerão todos os nomes que se encontram cadastrados na base até o momento. Assim, basta escolher uma das opções. A ferramenta de Busca Avançada também pode ajudar a filtrar a pesquisa na base de bulas.
Outra novidade do Bulário é a disponibilização do histórico de atualizações, onde é possível visualizar todas as versões de bulas do medicamento, da mais recente até a mais antiga. Para cada uma é possível verificar: a data de aprovação pela Anvisa; quais itens foram atualizados; e, caso seja uma Bula Padrão, se as alterações devem ser consideradas nas bulas dos medicamentos que a seguem.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA)
Anvisa vai lançar consulta pública sobre venda de remédios sem receita
12/04/2012
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu lançar consulta pública, no prazo de 30 dias, sobre a proposta de "adotar mecanismos para permitir que os medicamentos isentos de receita médica possam ser colocados ao alcance do consumidor na farmácia, considerando o risco sanitário envolvido para esse tipo de produto”.
Desde 2010, a Anvisa determinou que medicamentos sem prescrição médica só podem ser vendidos por um atendente. Os remédios deixaram de ficar em gôndolas e prateleiras ao alcance direto do consumidor. Na época, a agência reguladora alegou que o remédio, mesmo isento de receita, pode apresentar risco à saúde e, por isso, o cidadão deve ser orientado por um farmacêutico antes de comprar. A medida não agradou a entidades representativas das farmácias, que recorreram à Justiça para suspendê-la.
No entanto, estudo da equipe técnica da Anvisa sinaliza que a proibição tem diminuído o poder de escolha do consumidor. Em 2007, 4,6% dos remédios isentos de prescrição foram indicados pelo atendente, balconista ou farmacêutico. A influência afetou 9,3% das vendas em 2010, ano em que a exigência determinada pela Anvisa já estava em vigor, segundo estudo apresentando ontem (3) na reunião.
Para representantes da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), o consumidor fica, por exemplo, sem condições de comparar preços com o medicamento atrás do balcão.
A consulta pública foi proposta pelo diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. Ele também sugeriu que a agência e o setor farmacêutico elaborem, em dois meses, um plano para coibir a venda de remédios com tarja sem receita médica.
Fonte: Estadão Noticias
Uma droga para combater o racismo
20/03/2012
Pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra) descobriram que o propranolol, droga usada para combater pressão alta e ataques cardíacos, diminuirá o preconceito racial de quem ingeria o medicamento.
Durante a pesquisa, foi analisado o comportamento de 36 pessoas: 18 delas receberam o medicamento e as outras 18 receberam um comprimido de farinha (sem efeito algum). Segundo os autores do estudo, o preconceito racial é desencadeado por uma reação automática e inconsciente de medo.
O propranolol, por alterar os níveis de pressão arterial e as nossas reações instintivas de defesa, ajudaria a combater essas associações racistas. Os pesquiasdores afirmam que o grupo de estudo é pequeno e que essa relação ainda precisa ser melhor estudada, mas pode ser um caminho para entender o mecanismo que desencadeia as associações de pensamento racistas.
Fonte: Yahoo Notícias
Novo remédio para combate à Aids em crianças vai ser testado em humanos no Farmanguinhos
13/03/2012
O Instituto Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), anunciou que vai iniciar no segundo semestre deste ano testes em humanos de um novo medicamento para o tratamento de aids em crianças.
Os testes serão feitos em seis diferentes centros clínicos, em Minas Gerais, São Paulo e no Rio de Janeiro, para avaliar o efeito do remédio no organismo. A previsão é que o medicamento esteja disponível no mercado dentro de três anos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de 16 tipos de antirretrovirais para crianças. No entanto, a maioria das dosagens é para adultos.
De 1980 a 2010, cerca de 14 mil casos de aids em menores de 13 anos foram registrados no Brasil. Aproximadamente 4 mil recebem tratamento. Nessa faixa etária, a transmissão vertical da doença é a mais frequente, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou aleitamento.
Fonte: Agencia Brasil
Saúde da mulher piorou em duas décadas, mostra pesquisa
08/04/2012
Levantamento feito pelo laboratório carioca Med-Rio, a partir de 10 mil check-ups feitos por executivos em duas décadas, mostrou que o porcentual de mulheres com altos índices de gordura no sangue subiu de 20% para 50%, e as doenças gástricas entre elas aumentaram de 2% para 18%.
A hipertensão arterial feminina nas empresas pesquisadas passou de 12% em 1990 para 20% neste início de década. Já o tabagismo teve queda de 45% para 35%, mas as mulheres continuam fumando mais do que os homens, que reduziram de 35% para 15% na última década.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia também alerta para o aumento de infarto entre as mulheres. Há 50 anos, de cada dez mortes por infarto, nove eram homens e uma mulher. Atualmente essa proporção está em seis homens e quatro mulheres.
Em 2010, 41.211 mulheres foram vítimas de infarto, enquanto os homens ainda lideram com 57.534 mortes. Já entre todas as doenças cardiovasculares, o que inclui, além do infarto, o AVC (derrame), doenças hipertensivas, entre outras, a proporção entre homens e mulheres é quase a mesma. Das 320.074 mortes, 52,43% foram homens e 47,56%, mulheres.
Fonte: Portal R7.com
Campanha da Fraternidade 2012 Traz como Tema a Saúde Pública no Brasil
27/02/2012
O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, abriu nesta quarta-feira (22/02), na sede da CNBB, em Brasília (DF), a Campanha da Fraternidade 2012. O tema da campanha deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, obtido do livro do Eclesiástico, da Bíblia.
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou sua presença. Além dele, participam do ato de abertura da CF o sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos, o Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança e membro do Conselho Nacional de Saúde, Clovis Boufleur, e o cirurgião e membro da equipe de assessoria da Pastoral da Saúde do Conselho Episcopal Latino-Americano, André Luiz de Oliveira.
A CF 2012 tem como objetivo geral “refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos” e mobilizar a administração pública e a população por uma melhoria no sistema público de saúde.
Realizada desde 1964, a Campanha da Fraternidade mobiliza todas as comunidades católicas do País e procura envolver outros segmentos da sociedade no debate do tema escolhido. São produzidos vários materiais para uso das comunidades com destaque para o texto-base, produzido por uma equipe de especialistas.
A campanha ocorre durante todo o período da Quaresma que, segundo o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, “é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado”.
Na apresentação do texto-base, dom Leonardo explica que, com esta Campanha da Fraternidade, a Igreja quer sensibilizar as pessoas sobre a “dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade”.
Fonte: Instituto Racine
Distribuidores garantem capilaridade dos medicamentos
27/02/2012
Segundo dados da IMS Health a expectativa é que o setor farmacêutico dobre de tamanho até 2015 e alcance R$ 110 bilhões em faturamento. E o setor atacadista distribuidor está investindo em automação e tecnologia para acompanhar esse crescimento. A Distribuidora Baiana Medicamentos - parceira do Laboratório Teuto há 16 anos - dobrou a capacidade de seu centro de distribuição, localizado em Salvador (BA).
De acordo com Aclair Machado, sócio da Distribuidora Baiana e diretor da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan), as expectativas para o setor são mais que positivas. "Os indicadores mostram que o mercado deve dobrar de tamanho novamente, nos próximos cinco anos, como dobrou nos últimos cinco. Além disso, a economia interna é favorável para esse crescimento", analisa.
O Teuto sempre apostou nos distribuidores regionais, o que aumenta a capilaridade na distribuição dos medicamentos do laboratório. A estratégia permite ainda capturar o crescimento da classe C, atingindo também as farmácias independentes e redes de todo o país. Estima-se que a empresa, através do seu canal de distribuição, chegue hoje a 45 mil farmácias, dos 65 mil estabelecimentos existentes no Brasil.
Além disso, o aumento do salário mínimo deu mais poder de compra para as classes C e D. Isso faz com que estas classes invistam em saúde e outras necessidades primárias. E o portfólio amplo, com produtos de qualidade a preços acessíveis do Teuto se encaixa nessa realidade. "A grande mola propulsora do nosso crescimento foi a aliança com o Teuto. Ganhamos em credibilidade e volume de negócios. E felizmente houve reciprocidade", finaliza Machado.
Fonte: Agencia IN
Justiça determina que SUS forneça medicamentos para tratamentos de derramee cerebral
13/02/2012
São Paulo – A Justiça Federal determinou em decisão publicada ontem (13) que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a fornecer o medicamento Alteplase para tratamento de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. A decisão da juíza da 16ª Vara Federal de São Paulo Tânia Regina Marangoni estipula prazo de 30 dias para que o remédio passe a ser oferecido gratuitamente.
O Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que já fez uma consulta pública e irá incluir, em menos de um mês, o processo de incorporação do Alteplase para tratamento de AVC. Segundo o órgão, o medicamento começou a ser usado pelo sistema público no ano passado para casos de infarto agudo do miocárdio.
Na ação que originou a decisão, o Ministério Público Federal (MPF) disse que vem solicitando desde 2009 explicações do ministério sobre porque o não é fornecido pela rede pública. Em casos de AVC isquêmico, quando uma obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue.
O Secretário Nacional de Atenção a Saúde, Helvécio Magalhães, ressaltou, no entanto, que é necessário um estudo cuidadoso antes de incluir novos itens na lista de medicamentos do SUS. “Incorporação tecnológica tem padrões para ser realizada, não pode ser pela pressão do laboratório, da indústria ou outros interesses. Às vezes um laboratório entra com uma ação através de um paciente para forçar a incorporação no SUS”.
Segundo Magalhães, com base nas internações do ano passado, a inclusão do Alteplase entre os medicamentos disponibilizados pela rede pública poderá atender cerca de 170 mil pessoas. O secretário destacou ainda que o Ministério da Saúde estima aumentar em R$ 500 milhões até 2014 os gastos para qualificar o atendimento aos vitimados por AVC. Desse montante, R$ 70 milhões serão destinados à compra de medicamentos.
Fonte: Agencia Brasil
Mercado de Medicamentos Genéricos cresce 32,2% em 2011 e Movimenta R$ 8,7 Bilhões
Instituto Racine
08/02/2012
O mercado de medicamentos genéricos apresentou em 2011 crescimento de 32,3% no volume de unidades vendidas em comparação a 2010. Foram comercializadas 581 milhões de unidades frente às 439 milhões registradas no ano anterior. As vendas de genéricos movimentaram R$8,7 bilhões, apresentando crescimento de 41% em comparação a 2010, quando as vendas atingiram R$6,2 bilhões.
Os genéricos apresentaram crescimento 52,3% superior ao restante da indústria farmacêutica no período. Para o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Odnir Finotti, o ritmo deverá se manter nos próximos anos. “O genérico é a opção de acesso ao mercado farmacêutico dessa nova classe média que vem se formando no Brasil. Além disso, desde 2011 lançamentos importantes começaram a chegar no mercado, o que certamente traz novos consumidores”, explica.
A Pró Genéricos estima alcançar 35% de participação de mercado em unidades até 2015. O setor registrou 22,3% de share no fechamento de 2011, percentual 26,7% superior aos 17,6% registrados em dezembro de 2010. “Devemos superar a marca histórica de 25% de participação em unidades neste ano”, comemora Finotti.
Com relação ao faturamento em reais, os genéricos já registraram a marca de 20,5% de participação. A entrada de novos genéricos ao mercado, por meio de medicamentos que tiveram suas patentes vencidas nos últimos dois anos, também contribuiu para a expansão do setor. Drogas como Atorvastatina, Rosuvastatina, Sildenafil, Quetiapina e Valsartana hoje já representam 10% do faturamento do setor. “Essas drogas e mais uma relação de outros produtos que devem ter patente expirada até 2017 são drogas importantes, com alto valor agregado, que impactam e muito nosso negócio”, diz Finotti. Em relação aos lançamentos de genéricos previstos para 2012, os destaques são a Ziprasidona, um antipsicotico da Pfizer, e o Sirolimo, produto imunossupressor da Wyeth, utilizado em transplantes de órgãos.
De acordo com o executivo, os biossimilares e os produtos de alta complexidade são as novas fronteiras de expansão do setor. Esses dois assuntos assumiram a liderança entre as prioridades da agenda da Pró Genéricos. “É a nossa entrada nesses novos mercados que elevarão os negócios das indústrias de genéricos”, sentencia. Finotti ressalta ainda que os dois mercados, somados, chegam a R$ 6 bilhões em valor.
“Enquanto as empresas do setor já se organizam para produção dos biossimilares, a ANVISA vem colaborando com o setor para que tenham acesso facilitado aos produtos que no geral são vendidos para hospitais e órgãos públicos de saúde”, diz o executivo.
O crescimento do mercado de genéricos é proporcional ao retorno social gerado pela categoria de medicamentos. Hoje, mais de 75% dos medicamentos dispensados pelo programa governamental são genéricos. O Farmácia Popular hoje já tem um peso de 10% nas vendas do setor em unidades. “Os genéricos são essenciais para realização de um programa social desse porte”, diz Finotti.
Além de ampliar o acesso ao mercado de medicamentos, estudo da Pró Genéricos demonstra que desde que foram criados, em 2001, os genéricos promoveram uma economia 20,2 bilhões de reais aos consumidores. “Se considerarmos que os genéricos têm participação de mercado relevante nas categorias de produtos destinadas ao tratamento de doenças crônicas, podemos dimensionar o quanto essa economia é importante para quem todo mês precisa destinar parte substancial de sua renda à compra de medicamentos”, conclui Finotti.
Fonte: Pró Genéricos